ARQUIVO
Aqui pode encontrar uma lista de todas as newsletters enviadas pelo Copernicus Portugal e ainda as imagens apresentadas na secção Imagem do Mês.
As partículas minúsculas suspensas na atmosfera, denominadas de aerossóis atmosféricos, incluindo poeiras como as provenientes do deserto do Saara e que recorrentemente chegam a Portugal, desempenham um papel surpreendentemente importante no nosso clima e condições meteorológicos. Estudar esses aerossóis é crucial porque estes influenciam vários processos atmosféricos, incluindo a quantidade de radiação solar que chega à superfície e a própria formação e nuvens. As poeiras do deserto podem afetar a visibilidade, como se pode ver na fotografia obtida a partir da Universidade de Coimbra, a qualidade do ar e até mesmo os padrões de precipitação. Em Portugal, não é raro assistirmos a episódios desta natureza, como aconteceu recentemente de forma particularmente visível. Ao compreender como os aerossóis interagem com a luz solar e as nuvens, podemos melhorar os modelos climáticos e as previsões meteorológicas, levando a melhores previsões e à salvaguarda da saúde pública.
Os satélites do programa Copernicus, liderado pela Europa, e dos parceiros americanos desempenham um papel fundamental na monitorização contínua dos aerossóis na atmosfera global.
Imagem cedida pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra: www.uc.pt/fctuc/dct/
Área afetada pelos fogos de Valparaiso, no Chile.
Imagem de falsa cor captada a 7 de fevereiro de 2024, mostrando a área ardida perto de Valparaíso, no Chile, causada pelos incêndios na região. Usando bandas espectrais no infravermelho próximo vermelho e no verde para representar diferentes características, as imagens de falsa cor podem fornecer informações valiosas nas ações de recuperação.
Permitem a avaliação da severidade do incêndio, uma vez que as imagens de falsa cor podem representar a gravidade dos danos causados pelo fogo, mostrando a extensão das áreas ardidas em tons de cinza ou castanho-escuro.
Além disso, contribuem para a monitorização da recuperação da vegetação, já que esta tecnologia pode diferenciar entre vegetação viva e queimada. A vegetação viva aparece a vermelho nas imagens de falsa cor, enquanto a vegetação queimada pode aparecer em tons de cinza ou castanho.
O valor acrescentado do uso de imagens de Muito Alta Resolução para avaliar a cobertura da área ardida reside na sua maior resolução espacial, que melhora a delimitação das cicatrizes do incêndio e fornece detalhes mais precisos sobre as mudanças na vegetação pós-incêndio e dinâmica de recuperação, permitindo uma monitorização e avaliação mais precisas.
Imagem cedida pela GEOSAT.
Noctiluca scintillans no Mar do Norte
Noctiluca scintillans é uma espécie de microalga que em florações extremas leva a águas viscosas avermelhadas, as chamadas “marés vermelhas”. Apesar de não ser tóxica, a espécie é classificada como alga nociva, pois pode causar a morte de peixes por esgotamento de oxigênio ou altos níveis de amônia. Em Junho de 2023, uma enorme maré-vermelha de Noctiluca scintillans no Mar do Norte foi detectada pela missão Sentinel-2 do Copernicus. No mosaico de imagens Sentinel-2 processado em cor verdadeira (RGB) no dia 24 Junho é identificada a maré-vermelha pelos filamentos de coloração dourada. As fotografias captadas durante a campanha oceanográfica do projecto LabPlas possibilitaram a confirmação do evento (ler notícia). Imagens Sentinel-2 processadas, e fotografias captadas, pelo AIR Centre. As imagens Sentinel-2 foram adquiridas através do Copernicus Data Space Ecosystem.
Altimetria por satélite: Variação do nível do mar (mm/ano)
Variação do nível do mar, em milímetros por ano, baseada em medidas de altimetria por satélite, para três períodos distintos: período total disponível (1993-2021), primeiros 19 anos (1993-2011) e década mais recente (2012-2021). A comparação entre o primeiro (1993-2011) e o segundo período (2012-2021) mostra a aceleração na subida do nível do mar, com tendências mais positivas (regiões mais vermelhas) nos últimos 10 anos (2012-2021). Imagens criadas na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), pelo grupo que desenvolve investigação em altimetria por satélite, com os dados Sea level gridded data from satellite observations for the global ocean from 1993 to present, disponíveis no Copernicus Climate Data Store.
Impacto de cheias no centro da Escócia
Imagem Sentinel-1 de 08 de Outubro de 2023, que mostra a área afetada por cheias numa zona no centro da Escócia, durante um evento de precipitação extrema que ameaçou bens e vidas humanas. O detalhe utiliza uma imagem óptica VHR (Google layers). Imagem produzida pela GMV.
Imagem de interferograma (a partir de Sentinel-1, Radar de Abertura Sintética) consequente do sismo na Turquia ocorrido em Fevereiro 2023
Interferograma gerado com base em dados de Radar de Abertura Sintética provenientes do Sentinel 1 adquiridos em 29-01-2023 e 10-02-2023 evidenciando o impacto do sismo de Magnitude 7.8 escala de Richter (fonte USGS) ocorrido a 06-02-2023 na Turquia. O LNEG participou recentemente em estudos sobre rotura superficial resultante desta atividade, em campanha de trabalho de campo, integrado no European Earthquake Geology Task Force (EuQuaGe). Imagem produzida pelo Laboratório Nacional de Energia e Geologia (LNEG).
Imagem da qualidade da água na barragem do Alqueva no dia 1 de Setembro de 2023
A imagem mostra concentração de clorofila presente na água (zonas vermelhas representam valores de clorofila mais altas do que as zonas azuis), derivada de imagens Sentinel-2 com o algoritmo C2RCC. O projeto Water Health Indicator Service (WHIS), coordenado pela Development Seed em conjunto com o Centro de Ciências do Mar e do Ambiente MARE, permitirá monitorizar de forma automática os indicadores de qualidade de água de forma contínua e eficaz. Imagem produzida pela Development Seed. Veja aqui outros trabalhos da Development Seed relacionados com a gestão de aquíferos, além de outros projetos.
Projeto europeu S34I, Secure and Sustainable Supply of Raw Materials for EU Industry
Composição colorida de imagens Sentinel-2 de Junho 2023 da região de Aramo nas Astúrias, onde se observa o dobramento das formações calcárias (centro e topo) e contacto com leques aluviais da bacia do Douro (parte inferior). O projeto europeu S34I, coordenado pela Universidade do Porto, vai desenvolver novos métodos de análise e observação da Terra para suportar atividades de prospeção e extração mineira, aumentando a autonomia europeia em matérias-primas críticas. Nesta imagem, várias combinações RGB são usadas para identificar zonas de alteração hidrotermal associadas a depósitos de cobalto, cobre e níquel. Imagem produzida pela Universidade do Porto.
Green City Makers, projeto vencedor de Copernicus Master 2022.
Desenvolvimento de algoritmo AI de identificação de árvores individuais en cenários urbanos com alta densidade de dados (imagens áerias e dados in-loco) para identificar árvores individuais em cenários urbanos usando apenas dados de satélite de média resolução (Sentinel 2 MSI). Imagem produzida por Green City Makers.
Observações de Fogos ativos a 1 Junho 2023.
Fogos ativos a 1 Junho 2023, obtidos a partir do satélite geostacionário Himawari-9: as observações cobrem todo o disco a cada 10 minutos, sendo processadas em tempo quase-real pelo Núcleo de Observação da Terra do IPMA, ao abrigo do CAMS (Copernicus Atmosphere Monitoring Service).
Análise de deslocamentos acumulados nas infraestruturas do Metro do Porto.
LNEC é o parceiro organizador do evento “Copernicus para Cidades Inteligentes em Portugal”, que decorrerá a 26 de Maio, no LNEC, Lisboa.
Deslocamentos acumulados entre 2015 e 2021 em pontos nas infraestruturas do Metro do Porto e sua vizinhança, determinados através de interferometria SAR com imagens dos satélites Sentinel-1A/B, pelo LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil. A imagem de fundo é do satélite Sentinel-2B.
Imagens do Sentinel-3/OLCI de concentração de clorofila na costa sul portuguesa.
Imagens do Sentinel-3/OLCI de concentração de clorofila derivada dos algoritmos: OC4Me e Chl_NN ao longo da costa sul de Portugal em 29 de Novembro 2022. Estudo do desempenho dos algoritmos standard do OLCI ao longo da costa do Algarve desenvolvido pelo CIMA/ARNET-UAlg. A imagem foi preparada pelo CIMA/ARNET-UAlg.
Santa Maria vista do Espaço
Barragem do Alto Lindoso vista do Espaço
Comparação de armazenamento de caudal da barragem barragem do Alto Lindoso, a 22 de Agosto de 2020 e no mesmo dia em 2022. Comparação de imagens Copernicus Sentinel-2, da Barragem do Alto Lindoso. A imagem foi preparada pela Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space.
Ártico (cor falsa) visto do Espaço
Equipa do CEG/IGOT de volta ao Ártico canadiano para recolha de dados de terreno melhorar a classificação de imagens Sentinel-2 e PlanetScope. projeto PERMAMERC (FCT), uma colaboração com o CQE/IST-ULisboa, CIIMAR-UP, Universidade Laval e Alfred Wegener Institut. A imagem foi preparada pelo Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa (IGOT).
Portugal (cor falsa) visto do Espaço
No âmbito do SMOS a Direção-Geral do Território disponibiliza mensalmente mosaicos Sentinel-2 com pixels de 10 metros em cor verdadeira e cor falsa para o território continental. Os mosaicos e outros produtos SMOS podem ser visualizados através do viSMOS. A imagem foi preparada pela Direção-Geral do Território (DGT).
Bacia de Inhambane (Moçambique) visto do Espaço
Batimetria Derivada de Satélite para actualização de cartografia náutica – Bacia de Inhambane (Moçambique). A imagem foi preparada pela LS Engenharia Geográfica.
Amendoal visto do Espaço
Projeto PestNu: Amendoal, Stress hídrico, gestão diferenciada, criação de evidências georreferenciadas, SmartAG App (Sentinel 2). A imagem foi preparada pela AgroInsider.
Área ardida em Monchique (2021) vista do espaço
Imagens Sentinel 2 (composição de bandas 8:4:3) sobre área ardida em Monchique, no ano 2021: imagens antes (13.07.2021) e após (28.07.2021) ocorrência do fogo. Adicionalmente, é representado o mapa do índice NBR (Normalized Burn Ratio), para a mesma área, gerado a partir da combinação das bandas do NIR (8A) e SWIR (12) da imagem de satélite de 28.07.2021; este índice NBR evidencia as áreas ardidas através de valores negativos. As imagens foram preparadas pelo ForestWISE.
Barragem da Mina Córrego do Feijão – Brumadinho (Brasil) vista do espaço
Barragem da Mina Córrego do Feijão – Brumadinho (Brasil), antes da ruptura (25/01/2019) que vitimou cerca de 270 pessoas. Os pontos representam uma análise de InSAR com dados de Sentinel-1 do início de 2017 até ao início de 2019. A última captura de dados foi realizada 3 dias antes do evento crítico. O gráfico demonstra uma área no topo da barragem, onde é possível identificar um período de aceleração da velocidade de assentamento das lamas que, em conjunto com o aparecimento de zonas de sublevação na base, indica o aumento de risco de ruptura. A imagem foi preparada pela Spotlite.
Beja vista do espaço
Barragem de Alqueva vista do espaço
Imagens do Sentinel-2 sobre a região do Alqueva, uma do final do inverno de 2022 e outra do mesmo período do ano passado para comparação, mostrando os efeitos da longa seca meteorológica enfrentada pela região desde maio de 2021, que a partir de fevereiro de 2022 é avaliada como extrema. A resposta à seca pode ser identificada pelos diferentes tons da paisagem em redor da albufeira, bem como pela diminuição da área superficial do reservatório. Nota: As imagens representam composições RGB (4,3,2) de cores reais Sentinel-2 que fornecem uma representação da Terra que se assemelha à observação pelo olho humano. As imagens foram preparadas pela Universidade de Évora – EaRSLAB.